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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Viva pra sua ausência sem sentida.














Ainda que eu ocupasse o meu tempo definindo padrões que caracterizassem o meu comportamento ou procurando rótulos para a minha personalidade você não estaria satisfeito com o resultado. Você procura o sentido da resposta quando na verdade nem ao menos sabe o significado da pergunta,esse é o seu grande erro. Sendo assim não se sinta frustrado por não encontrar aqui um pequeno flash back de toda a minha vida. Não é ignorância da minha parte,é apenas bom-senso.

Você não é o seu nome,você não é o que faz para viver,você não é os seus problemas,você não é a idade que tem nem as roupas que veste. Você não é especial,também não é nem merda nem lixo. Você apenas é. E o que acontece,acontece. Somos os filhos do meio da história e fomos ensinados pela televisão a acreditar que um dia seremos milionários,astros de cinema e do rock,mas é mentira. Nossa geração não viveu uma grande guerra ou uma grande depressão,mas nós sim,nós vivemos uma grande guerra espiritual. Uma grande revolução contra a cultura. A grande depressão é a nossa vida. Nossa depressão é espiritual. Você tem uma classe de mulheres e homens jovens e fortes que estão dispostos a dar a vida por alguma coisa. A publicidade persegue essa gente com carros e roupas desnecessários. As gerações vem trabalhando em empregos que odeiam,comprando o que não têm a menor necessidade. Se não conseguirmos chamar a atenção de Deus,não teremos a menor chance de condenação ou de redenção. O que é pior,o inferno ou nada ?

Agora você possue algumas escolhas : você pode sair daqui e procurar alguma coisa mais significativa pra fazer,pode me seguir e seremos amigos até onde você aguentar,você pode até socar o rosto da pessoa mais próxima até a morte,acontece que qualquer escolha que você fizer não mudará quase nada na minha vida ou na sua. Esta é a sua vida,e ela vai acabando a cada minuto. Sua próxima respiração pode ser a última. Às vezes você faz as coisas e acaba se ferrando. Outras,são as coisas que não faz que acabam ferrando você. Somos humanos,você e eu. A diferença entre nós é que você escolheu a auto-perfeição enquanto eu escolhi a auto-destruição. Você procura um sentido pra todas as coisas que faz durante 24 horas. Eu acordo,e isso basta pra mim.

e sim, Deus existe. Ele mora dentro de mim.

Camillo The World.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A Fênix pousou. Entrou para história.











Ronaldo parou. Me surgem duas imagens. Na primeira estou sentado numa escadaria da Toca da Raposa, 1993. Éramos garotos. Eu, um repórter sonhando com a chance de seguir os passos de meus ídolos de profissão; ele, outro garoto dando voltas no campo, sonhando a mesma coisa.

A imagem seguinte é dele de braços abertos, asas de uma Fênix flamejante colocando abaixo um poderoso esquadrão alemão e em especial seu ás... Oliver Khan. O mundo de novo a seus pés.

Falando em esquadrões alemães e asas flamejantes, me lembro do lendário Barão Vermelho (o aviador, não a banda do Frejat e do Cazuza), abatido por tiro anônimo, vindo sabe-se lá de onde, numa missão secundária durante o ocaso alemão na Primeira Guerra. Seu avião cor de sangue que tanto pavor infringiu aos inimigos desapareceu na sucata do conflito perfurado por uma rajada de balas perdidas que hoje se acredita tenham sido disparadas a esmo e por engano por algum recruta enfiado numa trincheira inglesa.

De repente, o maior piloto da maior força aérea da época, o fenômeno de asas rubras, sucumbiu sem perceber a face de seu carrasco e despencou do céu para a história.

Ronaldo Nazário, o Fenômeno, o maior jogador de futebol de seu tempo, finalmente sucumbiu. Após anos de batalha, cada uma delas registrada na pele sob forma de cicatrizes, e outras aparentemente ainda sangrando na alma, ele deixa os gramados e encerra sua carreira como jogador. Mas, como fenômeno, ouso dizer que ele apenas muda de cenário.

Assim como o temido Barão Vermelho, Ronaldo talvez tenha sido abatido por um Zé Ninguém, uma bala perdida no meio do nada, um Tolima que entrou e sairá da história sem deixar vestígios, exceto pelo fato de precipitar o fim de uma luta muitas vezes solitária em busca da autossuperação, que é a verdadeira batalha dos grandes atletas.

Retorno a 1993. Foram incontáveis entrevistas absolutamente monocórdicas e divertidas. E a cada gol desconcertante, a cada arrancada fulminante, a cada derrota imposta a adversários atônitos, aquela camisa azul se enchia com a matéria prima dos ícones, e aumentava o sorriso desalinhado do garoto que simplesmente encontrou o seu caminho.

Com o tempo vimos seu joelho ser destroçado. Vimos ele caindo e se levantando várias vezes. Uma Fênix de asas verde-amarelas. Vimos seus dentes chegando no lugar, seus músculos crescendo, sua imagem inundando o planeta... Vimos tudo o que ele fez até o momento mágico em que com um tiro certeiro derrubou a barreira alemã e recolocou o Brasil no topo do mundo.

Nesse momento tudo para. A imagem eterna de Khan batido, como o temido Barão Vermelho no chão, sentindo o peso do talento do Fenômeno brasileiro ofusca tudo o que veio depois. Esse é o retrato daquilo que se tornou Rrrrrrronaldo.

Rrrrronaldo, assim mesmo, com muitos erres, como imortalizou Galvão. Afinal, toda lenda que se preze depende de um bardo genial.

Não vou dizer que o encerramento foi prematuro. Está mais para o contrário. Mas o fato é que Ronaldo sai dos gramados. Ninguém perderá um centavo por apostar na imagem do Fenômeno. Livre dos apuros que o corpo pesado lhe infrigia ultimamente, ele está livre para fazer a segunda coisa que melhor aprendeu a fazer na vida. Chamar a atenção para si e agregar valor a tudo que está a sua volta.

A Fênix pousou. Saiu do campo e entrou definitivamente para a história.









Por: Repórter Bob Faria, Globo.com

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Detenção sem Muro


00:27 , sexta-feira, faltando energia, tudo apagado, literalmente ; até o sol já não ilumina mais a lua, os arruaceiros da madruga, foram todos dormir, já não se ouve mais os carros e motos dos trabalhadores e viajantes da noite, tudo está parado, tudo apagado, tudo em silêncio. E eu aqui estou digitando esse texto no meu celular, pois nenhum sinal de volta de energia. Fico pensando como é bom as vezes ficar só, sem ninguém pra te atrapalhar ou dar opnião sobre algo, é só você e você, mais nada. Continuo pensando, só que agora, penso na vida, no que fiz ou o que deixei de fazer, relembro a partida de futebol que eu assistia na hora do 'blackout', fico pensando no que os outros estão fazendo; Será que conseguiram dormir? Será que tão feito eu, pensando na vida ou redigindo algum texto? Será?. Paro um pouco e reflito, "O que vai mudar se eu souber o que acontece ou deixa de acontecer com os outros que tem a mesma vida que eu, não deveria pensar em algo mais produtivo?" É o que tento, mas desde sempre fomos "adestrados" a se interessar pelo que não importa e esquecer a realidade. Enquanto digito esse texto reclamando do calor e do escuro, me esqueço que existem pessoas que vivem assim todo dia, pessoas que são encarceradas em um mundo sem perspectiva, que ao menos sabem o que é um blog, ou até mesmo o que é internet, mundo esse que vivemos, em que não se importa com o alheio, àqueles que realmente precisam de atenção, pessoas que vivem em uma detenção, presos em um mundo covarde, infame e preconceituoso. E nós? Privilegiados, não nos damos conta de que temos tudo, e ao mesmo tempo, nada. A partir do momento que damos as costas, para os que precisam, perdemos o que realmente deveríamos dar: Atenção, carinho, amor e até mesmo, uma nova chance.

Se coloquem no lugar desses presos, julguem o que achar correto, e depois, façam uma rebelião nas suas mentes.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Anestesia

Não quer tentar novamente?
Ah, me convença!?!
Eu não entendo porque quero tanto ENTENDER
O mundo vai girar, mesmo que eu não entenda
E as flores vão murchar, mesmo que eu não entenda
E o café vai esfriar, mesmo que eu não entenda
E eu não entendo mesmo.
Me diz, você, a solução!
Para que? Para a falta de comida, de educação, de saúde. Para a falta de segurança, de água e de sono; de sensibilidade, de cultura e dinheiro.
Ah, você não sabe?
Quem dera fazer a solução se desenrolar da minha mão, naturalmente, assim como a água escorrida por entre os dedos.

Créditos, Karoline Pinheiro.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Evoluir.

Hoje saí cedo de casa, um dia um pouco nublado, muitas nuvens, cara de chuva, nada fora do normal pra essa época. Saí de casa com raiva, não tive uma noite muito boa, tava triste, me sentindo só. Enquanto caminhava, ouvia música, pensava na vida, pensava o quanto que às vezes ela é injusta conosco, o quanto ela faz-nos sentir involúveis, e com uma mera finalidade de nos fazer um nada. Isso era o que eu pensava. Passei por mais umas duas ruas, quando vi um 'mendigo', em uma esquina, tão velho quanto o seu violão. Cantava e cantava, tocava com a maior alegria; Ele fazia daqueles velhos sambas e pagodes, uma junção de coisas boas, dava pra ver que ele tocava com a alma. E eu? Reclamando de tudo! Eu aqui com celular de última geração, faculdade federal, carro, dinheiro no bolso, sem nada pra pagar, e reclamando da vida. Voltei pra casa com um sorriso estampado no rosto, hoje foi um dia de rever meus conceitos, e aquilo que eu acho ruim em mim, vou deixá-lo bom, e aquilo que é bom, vou fazê-lo ficar melhor. Deus é justo, sabe quando mandar e quando fazer aquilo acontecer.
Hoje vou dormir tranquilo, porque sei que independente do que aconteça, há sempre uma solução, e se você não acredita nisso.. reveja seus conceitos. Evolua!