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domingo, 25 de dezembro de 2011

Faça.



Não espere que o passarinho cante se você coloca grades perante o bico dele. Assim não espere que ele queira voar se mal as asas pode bater. Não espere que o caderno esteja cheio de poesias se você não olha para o céu como um grande mar invertido. Não espere a vida fazer sentido, as flores brotarem do nada, a melodia infiltrar na sua bagagem, se você, meu bem, coloca as pernas na rede velha e vê o sol conquistar a lua, vê a brisa derrubar as folhas e os beija-flores caçarem amores, mas só vê. Mero observador é o que queres ser? Não, não. Ponha-se a ser observado, pegue no lápis e redesenhe essas linhas tortas, pinte essas cores mortas. Para nascer uma aquarela, um sorriso na tela. Para nascer um mundo de poesias, de harmonias. Para renascer.
Layla G. 

domingo, 4 de dezembro de 2011

Borboletas.


Fiquei a observar o voar das borboletas, elas dançam no ar com uma leveza, uma beleza, uma simplicidade incrível transmitindo tantos sentimentos bons apesar da sua pequenez e aparente insignificância para o mundo. Observei-as tanto que não tive como não trazer aquele flutuar para minha vida, fiquei cá pensando no que transmito, como transmito e até cheguei a ficar pensando se quando saio de casa para 'voar', levo sentimentos bons, transmito beleza, carrego luz. Lembrei de uma passagem bíblica que diz assim: "... vós sois a luz do mundo e sal da terra..." aquela borboleta era luz, era sal naquele ambiente, e ela me contagiou, tirou aquilo tudo de ruim que tomava conta de minhas ideias, esclareceu meus pensamentos, deu gosto ao meu momento, enchendo meu olhar de cor. 
 Nesse meio tempo de inquietude e brilho, me lembro que para as borboletas chegarem ao ponto de alegrar, contagiar, manifestar o seu brilho elas passam por processos: rastejaram, viveram em casulos, isoladas, para depois sair e  transmitir amor. Quando rastejam, elas aprendem a se humilhar, a ver a sua insignificância, sua fragilidade em meio ao ambiente... Quanto ao isolamento, é que amadurecem, que tomam consciência que a vida vai muito mais além do que aquele simples casulo, e que temos uma missão nela. É um momento de autocrítica, de reafirmar valores, rever conceitos e se preparar para esquecer todos os outros processos, para que o passado não lhe impeça de ser luz.


E eu, quero ser assim, como uma borboleta, independente do ambiente que esteja quero transmitir paz, quero trazer esperança, quero esvaziar corações de tristeza e enchê-los de alegria, quero voar até onde não há cor, e colorir, ir até onde não há amor e amar, pois o amor, esse sim, é a fonte eterna de brilho.